Está nos nossos genes. Há centenas de anos que o fazemos. Desde os Descobrimentos e arrisco-me a dizer que desde sempre. Somos exploradores do prato. Viajamos para comer e sabemos sempre o melhor sítio para comer isto ou para aquilo. Todos têm a sua preferência e acima de tudo referências de restaurantes para partilhar com os amigos ou a família. Viajamos e comemos. Como bons foodies que somos.
Experimentem dizer ao vosso grupo de amigos que vão passar o fim de semana a uma qualquer cidade Alentejana, por exemplo. O tema de conversa vai logo parar à comida. Aos restaurantes com as suas especialidades. “Come-se bem no X”, “Almocei maravilhosamente no Y”, “Tens de ir ao Z” são já frases conhecidas de cada um de nós. Somos assim. E gostamos.
Quando vamos de férias temos sempre presente o que vamos poder encontrar ao nível da Gastronomia. De Norte a Sul do país. É já um hábito enraizado dar aconselhamento de onde se come bem. Claro que temos a sorte de ter uma nação que vive pela barriga. Sabemos sempre onde ir comer. Ou então perguntamos referências a quem nos é próximo.
São míticas as paragens pela zona da Mealhada quando se cruza a auto-estrada de Norte para Sul ou vice-versa. Parece uma peregrinação quase religiosa. E depois de chegados ao local é a discussão onde se come o melhor leitão. E existem restaurantes para todos os gostos. Já que descobrir um dos melhores daria um tratado por sí só. São tantos os bons exemplos que é difícil escolher.
Temos dentro de nós uma espécie de Guia Michelin. Em todo o território nacional. Mesmo quando não sabemos estamos a uma chamada para um amigo da região ou alguém que conheça os cantos à casa. E lá vamos nós para a mesa. Dispostos a ter uma boa experiência. Satisfação e bons momentos.
Eu adoro descobrir restaurantes fora da minha “zona de conforto”. Sou igual a toda a gente. Telefono ou parto já com referências. Porque nem só de sol e passeio vive um homem. Temos também de ter uma barriga bem cheia de boas refeições. Gosto daquela sensação de ir a um restaurante pela primeira vez (mas com créditos atestados pelos amigos ou família). De me deixar seduzir por pratos típicos e regionais. Pelos ingredientes e confecções próprias de cada zona. Descobrir a “Portugalidade” através do palato. Viajar e comer. Duas coisas que me dão imenso prazer.
Não viajo tanto com o propósito de ir a um restaurante por sí só. Isto é, ir apenas para comer e voltar. Já o fiz, é claro. Mas não é um hábito meu. Sei que existem pessoas que fazem isso e é de louvar. Gosto mais de ir passar um fim de semana ou de “paragem para almoçar” a caminho para algum lado. Assim deleito-me com outras coisas. E a viajem parece mais produtiva.
Podiamos transformar este post numa espécie de “Consultório para o Viajante”. Um repositório de bons locais para parar e comer. Uma partilha para foodies e amantes do garfo. Somos assim. Gostamos de partilhar os segredos gastronómicos que temos. E era giro um dia fazer um levantamento exaustivo dos melhores restaurantes de Portugal. Vamos começar por aqui?
Rodrigo, na minha terra natal, lá para os lados da Chamusca, no coração do Ribatejo, existe um restaurante em Vale de Cavalos e outro no Pinheiro Grande, de pratos tradicionais ribatejanos ( sou suspeita pra falar, mas come-se bem por lá, aliás como de norte a sul do nosso país), e na zona de Peniche o restaurante “O Febras” no Baleal, onde se come (pra mim) a melhor caldeirada do país e atroz de tamboril… fica a dica 😉
*arroz de tamboril*
Boa. Quando passar nessas bandas vou lá espreitar. 😉
Acho uma óptima ideia!lembro-me de quando fui a óbidos passei por uma terra chamada Guisado para ir ao Solar dos amigos.Comeu-se lá mt bem!!bom e barato!!
Adoro este restaurante!
O polvo na telha e o bacalhau…que saudades…
Quando o assunto é comida, a Madeira não pode ficar fora da equação. Recomendo o Restaurante Viola, em Câmara de Lobos, para uma espetada com milho frito e salada como deve ser. Se a preferência é peixe, A Poita, na Madalena do Mar, é sem espinhas. Estes são sítios muito modestos e sem grandes invenções. E ainda bem!
É a mais pura das verdades. 😉